sábado, 19 de novembro de 2016

CANCRO DA PRÓSTATA - Um tema fundamental de saúde pública

Decorre o Novembro azul (após o Outubro rosa) destinado a alertar para as doenças cancerígenas do homem, sendo que a mais grave em termos de mortalidade é o cancro da próstata.

Eu próprio ao longo da vida fui confrontado com o elevado stress provocado pela interpretação dos valores do PSA - considerado pela generalidade dos médicos o principal indicador da doença.

Tive conhecimento recente dum artigo que critica o uso do PSA como principal indicador de cancro na próstata. Tratando-se dum artigo publicado no New York Times e sendo o autor precisamente o investigador que descobriu o PSA, creio que tem credibilidade.

Na verdade o PSA - verifiquei-o por experiência própria - pode sofrer variações rápidas resultantes de factores como o aumento da próstata (HBP - hiperplasia benigna da próstata), a agitação nervosa ou física, a atividade sexual e até a alimentação, entre outros.

Mas os médicos - apesar de vários alertas como os do autor do artigo - continuam generalizadamente a utilizar o PSA como primeiro instrumento de diagnóstico, criando muitas vezes situações de verdadeiro terror nos homens com (ou até sem) problemas de próstata.

Acho que é tempo de parar com isso e voltar à anterior melhor forma de diagnóstico - o toque retal - usando-se as outras formas diversas (uma delas, importante, a conversa com o paciente sobre os seus sintomas, outra é a relação PSA livre / PSA total), apenas partindo para soluções drásticas como a cirurgia ou a castração química em casos muito especícos (bem ao contrário do que se faz atualmente).


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(Tradução do artigo do investigador que descobriu o PSA)
THE NEW YORK TIMES
OP-ED CONTRIBUTOR
Pode ler o artigo original AQUI

O GRANDE ENGANO SOBRE A PRÓSTATA
A triagem através do PSA da próstata é imprecisa e um desperdício de dinheiro

Por RICHARD J. ABLIN
Tucson, 9 de Março de 2010

EM CADA ano cerca de 30 milhões de homens americanos são submetidos a testes do antigénio específico da próstata (PSA), uma enzima produzida pela próstata.
Aprovado pelo FDA (Departamento para Drogas e Alimentos, dos EUA) em 1994, é a ferramenta mais usada para detetar o cancro da próstata.
A popularidade do teste levou a um enorme e dispendioso desastre na saúde pública. É um problema com o qual estou dolorosamente familiarizado - eu descobri o PSA em 1970.
(...)
Os americanos gastam uma enorme quantia em testes de cancro da próstata. A conta anual da triagem pelo PSA ascende a pelo menos 3 biliões de dólares norte-americanos (...)
O cancro da próstata pode ter muita imprensa, mas considere os números: os homens americanos têm uma hipótese de 16% de serem diagnosticados com cancro da próstata durante a vida, mas apenas 3% destes morrem na sequência dum tal diagnóstico.
Isto acontece porque a maioria dos cancros da próstata cresce lentamente. Por outras palavras, homens com cancro da próstata que tenham a sorte de chegar a idade avançada são muito mais propensos a morrer por outras causas do que pelo seu cancro da próstata.
Afinal, o teste não é mais eficaz que uma moeda atirada ao ar.
Como tenho tentado deixar claro há muitos anos, os testes do PSA não podem detetar o cancro da próstata e, mais importante, não distinguem entre os dois tipos de cancro da próstata - aquele que mata e o que não mata.
Homens com baixos níveis [de PSA] podem ter cancros perigosos, enquanto outros com níveis altos podem ser completamente saudáveis.
Ao aprovar o método, o FDA baseou-se muito num estudo que mostrava que os testes podiam detetar 3,8 % dos cancros da próstata, uma taxa melhor do que o método habitual, o exame do toque retal.
Mas 3,8 % é um número pequeno. No entanto, especialmente nos primeiros tempos do uso deste método de diagnóstico, aos homens com níveis superiores a 4 ng/ml eram solicitadas dolorosas biópsias da próstata.
Se a biópsia mostrava qualquer sinal de cancro, o paciente era quase sempre empurrado para a cirurgia, a radiação intensiva e outros tratamentos prejudiciais.
A comunidade médica está a ficar gradualmente contra a triagem do PSA.
No ano passado, o Jornal de Medicina da Nova Inglaterra publicou resultados dos dois maiores estudos de métodos de triagem, um na Europa e outro nos Estados Unidos.
Os resultados do estudo americano mostram que durante um período de 7 a 10 anos o rastreio não reduziu a taxa de mortalidade nos homens de 55 ou mais anos.
O estudo europeu mostrou um pequeno declínio nas taxas de mortalidade mas também descobriu que, para salvar uma vida, 48 homens precisam de ser submetidos a tratamentos [muito complicados].
Ou seja, trata-se de 47 homens que, com toda a probabilidade, não mais vão poder desfrutar da sua sexualidade normal ou deixar de correr para o WC com enorme frequência.
Numerosos apoiantes da triagem precoce, incluindo Thomas Stamey, um conhecido urologista da Universidade de Stanford, pronunciaram-se contra este tipo de teste de rotina; no mês passado, a Associação Americana de Cancro pediu mais cautela no uso do teste. A Escola Americana de Medicina Preventiva também concluiu que não havia suficientes provas que recomendassem este modelo de rastreio.
Então, por que ele é ainda usado? 
Porquê as empresas farmacêuticas continuam a vender o teste e os respetivos grupos de pressão clamam pela "consciência do cancro da próstata", incentivando os homens a fazer o teste?
Lamentavelmente, a Associação Americana de Urologia ainda recomenda este método de diagnóstico, enquanto o Instituto Nacional do Cancro é vago sobre a questão, afirmando que as evidências não são claras.
O painel federal com poderes para avaliar os testes de rastreio do cancro, Grupo de Trabalho para a Prevenção, recomendou recentemente não usar o PSA em homens com 75 anos ou mais. Mas o grupo ainda não fez uma recomendação idêntica para homens mais jovens.
O teste de antigénio específico da próstata PSA tem um lugar - ele pode ser usado após o tratamento do cancro da próstata, por exemplo. O crescimento rápido dos valores indica um retorno da doença.
E os homens com casos de cancro na próstata na família provavelmente devem ser testados regularmente. Se os seus valores tiverem aumentos muito grandes, pode significar cancro.
Mas são usos limitados. Os testes não devem em absoluto ser aplicados para despistar o cancro em toda a população masculina com mais de 50 anos, sistema que é advogado pelos que lucram com o método.
Eu nunca sonhei que a minha descoberta, quatro décadas atrás, levaria a um desastre da saúde pública e simultaneamente a tantos lucros [das empresas de saúde].
A comunidade médica deve enfrentar a realidade e parar com o uso inadequado do despiste pelo PSA. Fazê-lo, economizaria biliões de dólares e livraria milhões de homens de tratamentos desnecessários e debilitantes.

- Richard J. Ablin é professor-investigador de imunobiologia e patologia da Escola de Medicina da Universidade do Arizona e presidente da Fundação Robert Benjamin Ablin para a Investigação do Cancro.

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Bastante informativa é, também, a tese de doutoramento de Raquel G. Ferreira de Sousa. Cito-a:

"A existência de diferenças geográficas e raciais na incidência e mortalidade do
CaP (carcinoma prostático)  (...) Quando os habitantes de uma determinada região na qual existe baixa incidência de CaP migram para uma de alta incidência (i.e., inicialmente do Japão e costas chinesas para o Havai, e posteriormente para a costa leste dos Estados Unidos da América), o risco aumenta significativamente em relação ao verificado no seu país de origem e aproxima-se do da população autóctone americana (Marques, Pina, Tomada & Reis, 2003; Wigle et al., 2008).
Quanto à idade, sabe-se que a incidência do CaP aumenta mais rapidamente com a idade do que qualquer outra forma de cancro. Sendo raro antes da quarta década de vida, 85% dos casos aparecem em homens com mais de 65 anos (...) A média de idade no momento do diagnóstico é de cerca de 67 anos (ACS, 2013)."
"Os três factores de risco comprovadamente associados ao cancro da próstata são a idade avançada, a história familiar e a origem étnica. Considera-se que existem outros factores de risco associados a este tumor como: factores dietéticos, factores hormonais, exposição a pesticidas, a cádmio minerado ou a radiações ionizantes (EAU, 2013; Wigle, 2008) (...)
Relativamente ao CaP [cancro da próstata] a alimentação será um dos factores de risco (...) Marques, Pina, Tomada e Reis (2003) referem existir uma certa relação entre os hábitos alimentares e as consideráveis diferenças na incidência do CaP entre o Ocidente e o Oriente (...) a ingestão de gordura e produtos de origem animal constituem um factor de risco a considerar (EAU, 2013; Moyad, 2001).
Nos países Mediterrânicos verifica-se uma menor incidência de CaP, o que em parte poderá ser devido a factores protectores existentes na dieta mediterrânica, tais como: consumo variado de origem vegetal, ingestão moderada de carnes vermelhas e elevado consumo de azeite. Alguns autores pensam que determinados componentes alimentares, como o licopeno (i.e., substância existente no tomate cozido), as vitaminas E, C e D e o zinco poderão ter efeito protector se fornecidos até determinadas quantidades diárias (...)
Relativamente aos factores hormonais, sabe-se que a testosterona promove o crescimento e desenvolvimento tumoral, mas para uma série portuguesa a testosterona sérica não está provada como factor de risco de diagnóstico de cancro da próstata (Botelho, Pina, Figueiredo, Cruz, Lunet, 2012).
Os fitoestrogénios poderão ter um papel protector (Dias, 2010; Wigle, 2008). Existe ainda evidência nos estudos epidemiológicos de associações entre o cancro prostático e a obesidade (...) assim como, actividade física reduzida. Por fim, os pesticidas, vernizes, parecem se correlacionar com o CaP (Wigle, 2008)."

- Raquel Gomes Ferreira de Sousa, "O impacto do carcinoma prostático (...) - importância do aconselhamento psicossocial", Universidade de Coimbra, Nov. 2013

Tese completa de Raquel Ferreira AQUI.

Um outro artigo interessante para a compreensão do cancro em geral, num blogue sobre Saúde, AQUI
Fonte: Blogue "Mais Opinião", artigo de Lúcia Reixa Silva 
Informações complementares sobre o cancro da próstata:
"Os Afro-Americanos têm duas vezes mais probabilidades em desenvolver CaP (....)[que] os indivíduos de raça branca, sendo que a mortalidade por CaP neste grupo também é duas vezes superior (...) (Luggen, 2010, etc.)"
"Sabe-se (...) que a carga genética é evidente, isto é, homens com dois ou mais parentes em primeiro grau atingidos pela doença, sobretudo se diagnosticados nos familiares em idade inferior aos 70 anos, o risco de vir a ter CaP pode aumentar até 5 a 11 vezes, quando comparados com a população geral (EAU, 2013; etc.)"
"Em fases precoces, os cancros da próstata são assintomáticos, sendo possível hoje em dia fazer o seu diagnóstico na maior parte dos casos através da realização do doseamento sérico do PSA ou através do EDR [exame digital retal] (Moyer, 2012; Quintela et al., 2010)."
NOTA (Rui Tojal) - "possível hoje em dia fazer o diagnóstico na maior parte dos casos... através do PSA" - Afirmação falsa, como se vê pelo artigo de Richard G. Ablin; contradição entre cientistas, ou ignorância científica de quem devia estar mais informado?
"Segundo os investigadores internacionais (Dias, 2010) quando um cancro da próstata cursa com sintomatologia urinária, própria do tumor, quase sempre ultrapassou a fase curativa. Contudo, em relação aos sintomas urinários baixos, eles são os mesmos causados por uma degenerescência nodular prostática benigna peri-uretral – a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP).
O cancro da próstata poderá manifestar-se por sintomas urinários baixos (i.e., LUTS sintomas do aparelho urinário inferior/baixo – LUTS do Inglês, Lower Urinary Tract Symptoms) quer de esvaziamento (i.e., que habitualmente se designam do tipo “obstrutivo”), quer enchimento/esvaziamento (i.e., classicamente de “tipo irritativo”, quer ainda por sintomas pós-miccionais (Vide Esquema 1). Ocasionalmente poderá ainda surgir sangue na urina (i.e., hematúria), sangue no esperma (i.e., hematospermia) ou, em casos mais raros, problemas da função eréctil (i.e., Disfunção Eréctil -DE); (Dias, 210; Dias, Parada & Vendeira, 2007).
Quanto à sintomatologia de cancro prostático metastizado ela é o resultado da localização, crescimento e invasão das próprias metástases. Dentro da sintomatologia mais frequente de cancro avançado da próstata poderemos incluir: uropatia obstrutiva alta assimétrica, dores lombares, dores ósseas, emagrecimento, cansaço (i.e., este por vezes resultante de anemia), entre outros sintomas (Dias, Parada & Vendeira, 2007; Quintela et al., 2010; Zelefsky et al., 2008).

Esquema 1

Sintomas do Aparelho Urinário Inferior (LUTS) Adaptado de Dias (2010, p. 6).
•Diminuição da força e calibre do jacto;
•Atraso no início da micção,
•Micção prolongada,
•Necessidade de contracção abdominal para urinar (i.e., esforço miccional);
•Retenção Urinária;
•Incontinência por "regurgitação" (i.e., trata-se de um fluxo constante ou episódico de urina, normalmente causado por uma obstrução ou dano nervoso).
Sintomas de Esvaziamento
•Imperiosidade miccional (i.e., necessidade súbita em urinar);
•Aumento da frequência das micções (i.e., polaquiúria);
•Aumento do número de micções durante a noite (i.e., noctúria);
•Incontinência associada à imperiosidade;
•Dor suprapúbica/hipogástrica.
Sintomas de Enchimento
•Sensação de esvaziamento vesical incompleto;
•Gotejo terminal.
Sintomas Pós-miccionais

Antigénio Específico da Próstata (PSA)
  • O PSA [é] uma glicoproteína com função enzimática, uma protease, que é produzida fundamentalmente pelas células epiteliais da próstata, e cuja função consiste em liquefazer o êmbolo gelatinoso do esperma no ejaculado. O PSA existe no esperma, nas células da próstata (i.e., quer nas células malignas como benignas), e no sangue periférico. Com a introdução do teste sanguíneo do PSA, tornou-se possível aumentar exponencialmente o diagnóstico de cancro da próstata em homens portadores de estádios iniciais da doença, para os quais será possível oferecer tratamentos com elevado potencial curativo (ACSG, 2010; Dias, Parada & Vendeira, 2007; EUA, 2013; Quintela et al., 2010; Varregoso, 2006)."
NOTA (Rui Tojal) - "Com o PSA...aumenta exponencialmente (?) o diagnóstico"- Afirmação totalmente falsa, como se vê pelo artigo de Richard G. Ablin; tratando-se de teses e trabalhos científicos, esta contradição evidente faz-nos ver que endeusar a ciência é um erro crasso. A ciência é feita por homens como todos nós, falíveis. E quanto maior a arrogância pela "superioridade do saber", maior a probabilidade do erro. 
  • "Segundo Moyer (2012) e Quintela e seus colaboradores (2010) [sobre o] PSA (...)  não é forçoso que valores elevados do mesmo estejam sempre relacionados com o cancro da próstata (...) 
  • Para além do cancro, outras patologias prostáticas podem ser responsáveis pela elevação do PSA, como as prostatites bacterianas ou inflamatórias, HBP, as lesões pré-malignas da próstata (i.e., Lesões suspeitas de cancro, ou seja, proliferação atípica de pequenos ácinos (ASAP); e neoplasia prostática intra-epitelial (HGPIN), ou seja, a neoplasia intra-epitelial prostática (PIN) é uma lesão não-invasiva da próstata que apresenta anormalidades genéticas, quando a lesão é classificada em PIN de alto grau designa-se por neoplasia prostática intra-epitelial –HGPIN), ou actos de diagnóstico e tratamento como o EDR, a biópsia da próstata, e as manipulações uretrais ou rectais endoscópicas (i.e., uretroscopias; cistoscopias; Ressecção Transuretral da próstata (RTU da próstata); Ressecção Transuretral da Bexiga (RTU da bexiga); recto-sigmoidoscopias; colonoscopias), (Quintela et al., 2010).
Nos dias de hoje, o valor de PSA deve ser sempre interpretado em função de uma série de outros parâmetros, tais como: a idade do doente, o volume prostático, a presença de um nódulo no decorrer do EDR ou o resultado de eventuais biópsias realizadas previamente (Quintela et al., 2010)."

Relação PSA livre/ PSA total

"O PSA circula no sangue, uma parte ligado a proteínas de transporte e outra sob a forma livre. O componente que circula ligado à proteína alfa-quimiotripsina designa-se por PSA complexado (PSAc); o conjunto de isoformas que circulam livremente designam-se por PSA livre (PSA l). O somatório do PSAc com o PSA l corresponde ao PSA total (PSAt), sendo este o valor habitualmente determinado na análise de rotina. 
No que diz respeito aos valores de PSA, o valor tido como “normal” (i.e., não existe um valor específico para se dizer que um nível de PSA é normal ou anormal) é de 4,0 ng/ml. 
Porém, de forma a evitar as taxas de falsos negativos e falsos positivos, foram desenvolvidos outros parâmetros, tendo em conta a idade do indivíduo, a raça, a velocidade do PSA (i.e, variação com o tempo), a densidade do PSA (i.e., o PSA em função do volume prostático), entre outros parâmetros. Nos últimos anos para além da fracção livre, passou a ser possível determinar a fracção complexa, o PSAc. Desta forma, a razão entre o PSA livre e o PSAt veio auxiliar no processo de decisão para a realização de biópsia. Quanto mais baixa for essa relação, maior o risco de cancro, para valores de PSA entre 4,0ng/ml e os 10ng/ml (Dias, Parada & Vendeira, 2007)., 

Outros exames complementares

A ecografia prostática transrectal foi um exame muito usado na avaliação da próstata. Hoje, e de acordo com as principais linhas de orientação internacionais (i.e., NCCN e EAU) tem a sua utilidade quase que restringida à realização da biópsia prostática, previamente decidida por alterações detectadas no EDR e/ou por alterações suspeitas nos valores do PSAt. Este exame poderá fornecer ainda dados sobre a aparente integridade da cápsula prostática ou não, colaborando no estadiamento local do CaP (EAU, 2013). Cada vez mais se pensa que as evoluções recentes da Ressonância Magnética Nuclear (RMN), nomeadamente na forma de RMN multiplanar, permitem melhorar a acuidade na suspeita do diagnóstico e no estadiamento local. A avaliação da doença extra-prostática (i.e., matastização ganglionar ou de órgãos sólidos como por exemplo, o fígado) pode ser efectuada com a Tomografia Axial Computorizada (TAC), ou RMN. A cintigrafia óssea, apesar duma acuidade relativa, faz-se habitualmente quando há critérios bioquímicos (i.e., PSA, fosfatase alcalina e fosfatase alcalina óssea) de suspeita da metastização óssea, ou sintomatologia óssea focal. O diagnóstico definitivo do cancro da próstata será apenas obtido com a realização de biópsia prostática transrectal ecoguiada. Na actualidade quando se realiza uma biópsia, devem ser colhidos entre 12 a 14 fragmentos tecidulares para análise anatomopatológica nomograma de colheita de Viena, em que o número de fragmentos decididos depende da função do volume da glândula e da idade do candidato (EAU, 2013)."

- In Tese de Doutoramento de Raquel G. F. Sousa, citada acima