Use o link abaixo para um espetacular vídeo sobre a produção de animais para alimentação.
E veja se concorda com esta ideia: será que somos assim tão diferentes deles, no final de contas, pelo menos a avaliar pelo tipo de vida e de alimentação que a maioria das pessoas pratica ?
Título: A Selva Género: Drama Realizador: Leonel Vieira Ano: 2002 Classificação: Bom **** Argumento: I. Almada e J. Nunes, sobre obra autobiográfica de Ferreira de Castro Ver ficha técnica detalhada, incluindo o trailer oficial português.
Realizador e produtor portugueses (Costa do Castelo Filmes-Lisboa), apoiados por entidades brasileiras e espanholas. Filmado in loco em Belém do Pará e na Amazónia, com protagonismo de Diogo Morgado, Maitê Proença e outros. O filme segue esse grande livro que é A Selva, de Ferreira de Castro, escritor português que viveu, enquanto emigrante na juventude, uma dura experiência na floresta amazónica de inícios do séc. XX. Onde a brutalidade das condições físicas, da insegurança, dos desejos e interesses mais primitivos se sobrepunham a quaisquer pruridos civilizacionais.
O filme é absolutamente rigoroso na fotografia e na direção de atores. Não inventa, nem se deixa diluir no paisagismo - fácil tentação na maravilhosa Amazónia - o que desfocaria o eixo da história do drama da transcendência humana levada aos limites. Se a película peca, é por ficar aquém do livro na força das emoções. Estou a lembrar-me da cena em que o assalariado, ante a quase ausência de mulheres na região, se satisfaz sexualmente numa égua. A repugnância da cena, poderosamente retratada no livro, surge apenas en passant no filme. Já, em contrapartida, as cenas de prepotência feudal que recai sobre os trabalhadores são pungentes e muito bem retratadas na obra cinematográfica..
Como ponto mais fraco, a quase ausência da problemática ambiental e índigenista o que, se se perdoa ao escritor devido à fase em que produziu a obra, já não se desculpa (tanto) a Leonel Vieira, mesmo se em 2002 não estava tão claramente na agenda como hoje o assalto dito "civilizacional" à maior floresta húmida do mundo.
Neste dia 2 de Março, de grandes manifestações contra o desGoverno e a troika, vale lembrar os artistas que sempre lutaram pelos direitos básicos, incluindo os ambientais.
Para os patetas que acham Portugal um país atrasado, anoto que o país domina a tecnologia e tem uma pequena central nuclear exclusivamente para fins científicos, a cargo do Instituto Tecnológico e Nuclear, desde 1961, em Sacavém, AQUI. O não ao nuclear foi uma opção nacional, pela qual muitos se bateram e batem, destacando-se a persistência do prof. J. Delgado Domingos, do IST, principal escola de engenharia do país.
Rosalinda foi um símbolo da resistência vitoriosa à construção da central na praia de Ferrel, junto à cidade de Peniche.
O grande FAUSTO ao vivo no CCB, final dos anos 90. Eu estive lá! :)