domingo, 28 de julho de 2013

MORREU DOMINGUINHOS, O MESTRE DO FORRÓ

Há três dias, saiu uma notícia triste: Dominguinhos alheou-se deste mundo, como dizia um poeta.

O maior continuador e companheiro musical do pai do baião, Luiz Gonzaga, viverá seguramente no coração dos nordestinos e do Brasil inteiro, enquanto a tradição se mantiver. Ainda que ele criasse o forró urbanizado, jamais  se desligou de suas raízes sertanejas.

Composto por géneros como o baião e o xaxado, este estilo  tem origem na música tradicional portuguesa (vira, chula, fandango, e marchinhas do S. João - o que nunca vejo referido nos media brasileiros), mas que no nordeste brasileiro ganham uma dinâmica eletrizante na fusão com ritmos indígenas e tons doutras origens como a polka.

As festas juninas tal como em Portugal são no Brasil uma celebração pagã, mas no nordeste duram um mês inteiro - em muitas cidades excedem mesmo em importância o próprio Carnaval. Nos arraiais dançam sensualmente as chamadas quadrilhas, ricamente vestidas, ao som contagiante do forró. A base dos grupos tradicionais é a sanfona (acordeão), o triângulo e a zambumba (tambor). Modernamente, muitos fazem-se acompanhar por guitarra elétrica.

Aqui fica a minha  homenagem ao grande Dominguinhos e à sua mestria, mas sobretudo a essa espontaneidade que sempre o marcou e é típica dos grandes sanfoneiros nordestinos.


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